“Sempre me gabei de nunca ter sido usuária de nenhuma droga e nem ao
mesmo ter experimentado cigarro ou ter dado trabalho com bebedeiras. Sempre fui
saudável além da conta.
Até que me caiu a ficha de que ele era pior do que cocaína. Pior porque
morenos bonitos e cheirosos são bem mais interessantes do que um pozinho branco
que corrói o nariz. E melhor porque no dia seguinte o efeito “mulher maravilha
acha que sabe voar” continuava.
Não existia
depressão, não existia abstinência. A esperança de que ele ligasse ou
aparecesse ou ficasse para sempre fazia a vida ser boa não importasse a
espera.”
(Tati Bernardi)